domingo, 2 de dezembro de 2012

BATISTMO OU PLENITUDE ?


INTRODUÇÃO TEÓRICA                                                                                                               BATISTMO OU PLENITUDE ?

O início do século I da era cristã foi um desafio e um prejuízo para as religiões pagãs do Império Romano. Um movimento oposto às crendices e às formas de religiões arcaicas e infrutíferas começou a desenvolver-se no seio de uma pequena comunidade. A história nos empolga, pois é contada em termos dramáticos e desafiantes. Esse movimento, cujo surgimento e desenvolvimento está narrado no livro de Atos dos Apóstolos, foi fruto do mover do Espírito Santo através e nos discípulos de Jesus Cristo. E até a nossa época, este Espírito continua a mover-se no mundo.
Em nossos dias, há uma crescente preocupação com as manifestações do Espírito Santo. Há, até, um movimento carismático no mundo cristão. No ambiente evangélico, percebe-se, não raro, indagações sobre batismo com ou no Espírito Santo. Outros questionam: o que acontece com uma pessoa que recebe o Espírito Santo? Só é verdadeiro crente quem fala em outras línguas? Pode ou deve o crente pedir o Espírito Santo? São algumas das diversas formas que explicitam preocupação com os dons do Espírito Santo, sem levar em conta toda a história da redenção e a realidade de que o Espírito Santo é Deus, assim como o Pai e o Filho.
O Espírito Santo, como a realidade de Deus, é essencialmente poder. Ele não é apenas uma força. Deus é todo-poderoso, onipotente e, na sua grandeza incomensurável, subsistem três pessoas de uma mesma substância: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Devemos entender claramente a triunidade de Deus: nós cremos em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Quem tem o Pai, tem o Filho - e só podemos tê-los e recebê-los mediante a ação eficaz, poderosa e irresistível do Espírito Santo em nós. Está claro que os crentes têm o Espírito Santo, pois enquanto são membros da Igreja, do Corpo de Cristo, a qual é habitada por esse Espírito.
O mundo e a história são campos de ação do Espírito Santo através da Igreja e mesmo além da Igreja. Porque o espírito age como quer, onde quer e quando quer. Não podemos limitar a ação do Espírito Santo de Deus.
BATISMO – consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como único Salvador, suficiente e pessoal. Em Rm 6.3.4 se diz que os crentes em Cristo são “sepultados com Ele na morte pelo batismo”. O batismo cristão acha-se dum modo especial em conexão com o Dom do Espírito Santo (Mt 28:19), e com o perdão dos pecados (Mc 16:16). As pessoas próprias para serem batizadas estão indicadas em At 2:41. Em At 8:16 e 22:16 se mostra em nome de quem se devia efetuar o ato bastimal. Em At 2:38 devemos nos arrepender, batizados em nome de Jesus para receber o dom do Espírito.
BATISMO DO ESPÍRITO SANTO E COM FOGO – (Mt 3:11) como no grego não vem preposição alguma antes da palavra fogo, isso mostra que João se refere a dois aspectos dum só batismo. Tem de ser espiritual, em contraste com o material e externo; e deve ser purificante. Tem-se levantado a questão sobre se esse “fogo” se refere à purificação dos piedosos que verdadeiramente aceitam o batismo do Espírito, ou à destruição dos perversos, como nos vers. 10 e 12. Mas a obra da presença de Deus é sempre dupla, visto como a alma ou submet4-se espontaneamente, ou faz o contrário (Is 31:9; 33:14-15).
ESPIRITO SANTO – a terceira Pessoa da Trindade,; é , nas Sagradas Escritura, denominado “o Espírito”, “o Santo Espírito”, “o Espírito de Deus”, “o Espírito do Filho de Deus”, “o Consolador”. Na criação o Espírito pairava por sobre as águas (Gn 1:2; Jó 26:13); foi dado a certos homens para realizarem a sua obra: Bezalel (Êx 31:2-3), Josué (Nm 27:18), Gideão (Jz 6:34) e outros; foi manifesto nos profetas (Ex 11:5; Zc 7:12), foi dado para luz dois homens (Pv 1:23), prometido ao Messias (Is 11:2;42:1) e a “toda a carne” (Jl 2:28). No N.T., se manifesta no batismo de Jesus (Mt 3:16; Mc 1:10), e na tentação (Mt 4:1; Mc 1:12; Lc 4.1); imediatamente depois da tentação (Lc 4:14); e na ocasião em  que Jesus, falando em Nazaré, recorda a promessa messiânica de Is 61:12. O Dom do Espírito Santo é, de uma maneira determinada, prometido pelo nosso Salvador (Lc11:13). No quarto evangelho, o ensino de Jesus quanto à obra do Espírito é mais preciso. “Deus é Espírito”, quanto a sua natureza. E importa que ao homem nascer novamente “da água e do Espírito”, para poder entrar no reino de Deus. (Jo 3:5). Ao Messias, ele foi dado sem medida (Jo 3:54). Espírito da Verdade, por quem a verdade se expressa e é trazida ao homem (Jo 15:26; 16:13). Manifestou-se em Atos do dia de Pentecostes. É uma pessoa da Trindade, e não simplesmente um método de ação divina (Jo 14:16-17). É Ele tanto “o Espírito de Deus” como “o Espírito de Cristo” (Rm 8:9). E assim nos mistérios da redenção, e de uma nova vida, na regeneração, na santificação e na união com Cristo, é uma Pessoa que, na Sua operação, como auxiliador do homem. É ainda Aquele que pode ser negado, entristecido e apagado (Ef 4:30; I Ts 5:19). Mora nos crentes (Ez 36:27; Jo 14:17; Rm 8:9; 1Co 3:16 e 1Jo 2:27 ). E tem a sua obra geral (entre outros Ap 22:17).
PLENITUDE ESPIRITUAL – satisfaz as mais profundas necessidades: de Alegria (Sl 23:5) de Bênçãos (Ml 3:10), de Gozo (Jo 15:11), de Deus (Ef 3:19), do Espírito (Ef 5 :18), de Sabedoria (Cl 1:9), de Cristo (Jo 1:16; Ef 1:22; 1:23;4:13; Cl 1:19 e 2:9). Pessoas cheias do Espírito Santo (Lc 1:15; 4:1; At 2:4; 4:8; 4:31; 7:66; 11:24; 13:9 e 13:52)
A experiência de Pentecostes ficou sendo assim conhecida porque aconteceu por ocasião da Festa de Pentecostes. O nome Pentecostes origina-se do intervalo de cinqüenta 50 dias que separa a Festa da Colheita da Festa da Páscoa, de acordo com a tradição judaica. A descida do Espírito Santo sobre a Igreja reunida em Jerusalém naquela ocasião nos é narrada em Atos 2, o capítulo de abertura e de impacto da história da igreja cristã primitiva. O livro de Atos como um todo mostra o Evangelho em ação. O livro mostra o impacto que uma comunidade pode causar quando vive e age no poder do Espírito Santo.
Os dois personagens principais deste livro, Pedro e Paulo, agiram no poder do Espírito. Os capítulos 2 e 3 de Atos registram dois sermões do apóstolo Pedro, quando oito mil almas se renderam ao pé da cruz de Cristo. O ministério do apóstolo Paulo foi um ministério de bênçãos e vitórias, levando o Evangelho perante príncipes, governadores e reis. Assim, o texto de Atos e o contexto do próprio livro de Atos, mostram o que pessoas e comunidades podem fazer quando se tornam instrumentos vivos e eficazes do Espírito Santo.
A Promessa da vinda do Espírito Pentecostes prova ser um tempo em que as profecias se cumpriram, desde o Velho Testamento até às promessas gloriosas dos lábios do divino Mestre: Eu vos enviarei o Consolador. Permanecei, pois, na cidade (em Jerusalém) até que do alto sejais revestidos de poder. Eles permaneceram. E as promessas de Deus se cumpriram.
Porque elas jamais falham. O Espírito Santo provém, pois, do Pai e do Filho, e juntamente com o Filho e o Pai, é adorado e glorificado, como diz o texto niceno.
Volvendo os olhos ao passado distante, vamos encontrar o profeta Isaías falando do Reino do Messias, no capítulo 11 verso 2, dizendo: repousará sobre ele o Espírito do Senhor. O profeta Ezequiel, falando da restauração do povo de Deus, afirma: Porei dentro de vós um espírito novo. E, de uma maneira muito especial, profetizou Joel: E acontecerá naqueles dias que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos e os vossos jovens terão visões (2.28).
O próprio apóstolo Pedro identifica a experiência do Pentecostes com o derramamento do Espírito de que fala o profeta Joel. Temos aqui um exemplo de cumprimento de profecia. Certeza de Deus.
1 – Pedro (At 2) fala que o Espírito Santo foi derramado permanentemente;
2 – Foi o cumprimento da profecia de Joel 2:28;
3 – Após o livro de Atos, verifica-se que não há referência a homens batizados no Espírito, mas em homens cheios do Espírito Santo; e
4 – O fenômeno das línguas caracteriza aos crentes que o Espírito era tanto para os salvos em Cristo, inclusive os gentios e os discípulos de João.


1 – Pedro (At 2) fala que o Espírito Santo foi derramado permanentemente;
2 – Foi o cumprimento da profecia de Joel 2:28;
3 – Após o livro de Atos, verifica-se que há referência a homens selados no Espírito Ef 1:13, 4:30 e 2 Tm 2:19, que sem o Espírito Santo o crente não pertence a Cristo Rm 8:9 e que é pela fé Gl 3:2,3 e Gl 5:5;
4 – Cristãos pentecostais e carismáticos geralmente falam de “batismo no Espírito” em vez de “batismo com o Espírito; e
5 – O fenômeno das línguas, primeira manifestação da plenitude, caracteriza aos crentes que o Espírito está evidente e se manifestando na vida de cada um que for salvo em Cristo Jesus.

Joel afirmou: “e acontecerá naqueles dias que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne” (Jl 2.28). Sobre todos os cristãos verdadeiros, indistintamente de serem judeus ou gentios. No Antigo Testamento (AT) o Espírito vinha sobre algumas pessoas distintas, e seus carismas (dons) eram dados a algumas pessoas com missão específica e em caráter temporário. Eram carismas especiais que podiam inclusive ser retirados, caso o ungido se desviasse das promessas de Deus. Um bom exemplo disto é a oração do rei Davi após haver pecado: não me retires o teu Santo Espírito (Sl 51.11). Davi se refere aqui àquela unção especial que havia recebido para ser rei, e que lhe havia sido ministrada através das mãos do profeta Samuel (1 Sm 16.13).
Já no Novo Testamento (NT), o Espírito Santo, juntamente com seus dons, é dado a todos os que crêem e seus dons estão presentes na Igreja de uma forma permanente (Jo 14.16). Diz Lucas: Estavam todos reunidos no mesmo lugar (...) E foram todos cheios do Espírito Santo (At 2.1-4).
A promessa de Jesus foi: Eu vos enviarei o Consolador para que fique convosco para sempre. Agora o Espírito é dado a todos os que crêem e para sempre. Como diria Calvino: "Uma vez selado com o Espírito Santo, para sempre selado." Que bênção e que conforto é crermos assim.
O Senhor Jesus também determinou aos apóstolos que permanecessem em Jerusalém. “Permanecei, pois, em Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24.49). E em Atos 1.8 temos a reafirmação dessa promessa: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judéia e em Samaria e até aos confins da terra. Poder para testemunhar, pregar e agir, guiados pelo Espírito Santo.”
Não muito depois dessa última promessa, estavam todos os apóstolos com alguns irmãos reunidos em Jerusalém quando veio do céu um som terrível, como de um vento impetuoso e algo como línguas de fogo apareceu e foi distribuído entre eles. Estes fenômenos: do som terrível, como de um vento impetuoso e de línguas de fogo, embora muito enfatizados por alguns dentro da cristandade moderna, são o ponto menos importante da experiência. O importante mesmo é que eles foram cheios do Espírito Santo para comunicar as grandezas de Deus e viver o Evangelho de Cristo, num testemunho encarnado que se estenderia por toda Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra, como testemunhamos hoje.
O fervor e entusiasmo aqui registrados eram do céu, e não provocados pelo ambiente emocional. Este fato nos ajuda, com a graça de Deus, a discernir as manifestações reais do Espírito Santo dos delírios coletivos e das circunstâncias emocionais que possam acontecer ou serem provocadas. O fervor e o entusiasmo eram de Deus. Essa diferença é fundamental.
É bem verdade que a fé cristã comporta emoções as mais sublimes e santas. Tudo, porém, seja feito com decência e ordem. Conforme nos ensina o Espírito Santo, através do apóstolo Paulo (1 Co 14.40).
Pode-se dizer que a Igreja neotestamentária nasceu com a descida do Espírito Santo no Dia de Pentecostes. Desde então, a Igreja e o cristão agem no mundo como força transformadora no poder do Espírito, para implantação do Reino de Deus entre os homens.


Do sermão de Pedro em ato e do ensino de Paulo em 1Co 12:13 em particular, indica que o ‘batismo” do Espírito é idêntico ao “Dom” do Espírito, que é uma das bênçãos diferentes da nova aliança e, também, uma bênção universal para os membros da aliança, por ser uma bênção inicial. Ela é uma parte e um quinhão da nova época. O Senhor Jesus, mediador da nova aliança e fiador das suas bênçãos, concede o perdão dos pecados e o Dom do Espírito a todos os que fazem esta aliança. O batismo de água, por sua vez, é o símbolo e o selo do batismo com o Espírito, assim como o é do perdão dos pecados. O batismo de água é o ritual cristão de iniciação porque o batismo com o Espírito é a experiência cristã de iniciação. Assim, pois, sejam quais forem as experiências posteriores à conversão, “batismo com o Espírito” não pode ser expressão correta para elas.
O objetivo de Deus é que todas as pessoas recebam as bênçãos da nova aliança, como o perdão dos pecados e o Dom do Espírito, e depois passem pelo batismo de água, como símbolo e selo destas bênçãos. Depois, elas devem continuar sendo cheias do Espírito, manifestando esta plenitude com santidade de vida e ousadia de testemunho Hb 6:4-5. Toda a vida cristã, de acordo com o Novo Testamento, é vida no Espírito que vem após o nascimento no Espírito.
Além disto, a ênfase indiscutível das cartas no Novo Testamento não é no sentido de impor aos leitores cristãos alguma bênção totalmente nova e diferente, mas sim de lembrar-nos do que somos pela graça, conscientizar-nos disto, e incentivar-nos a viver através disto. Parece que o horizonte de alguns cristãos está limitado a uma Segunda experiência, subseqüente, que chamam de “batismo no Espírito”.
Em nenhum momento, os Apóstolos nos exortam e instruem a “sermos batizados com o Espírito”. Só pode haver um única explicação para isto: eles estão escrevendo para cristãos, e os cristãos já foram batizados com o Espírito Santo.
O que aconteceu no dia de Pentecostes foi que Jesus “derramou” o Espírito do céus e, assim, “batizou” com o Espírito, primeiro os 120 e depois 3 mil. A conseqüência deste batismo do Espírito foi que eles “todos ficaram cheios do Espírito Santo”(At 2,:4). Portanto, a plenitude do Espírito foi a conseqüência do batismo do Espírito. O batismo é o que Jesus fez ( ao derramar seu Espírito do céus); a plenitude foi o que eles receberem. O batismo foi uma experiência inicial única; a plenitude Deus queria que fosse contínua, o resultado permanente, a norma. Como acontecimento inicial, o batismo não pode ser repetido nem pode ser perdido, mas o ato de ser enchido pode ser repetido e, no mínimo, precisa ser conservado. Quando a plenitude não é conservada, ela se perde. Se foi perdida, pode ser recuperada. O Espírito Santo é ‘entristecido” pelo pecado (Ef 4:30) e deixa de dominar o pecador. Neste caso o único meio de recuperar a plenitude é o arrependimento. Mesmo em caso em que não há indícios de que a plenitude foi perdida por causa de algum pecado, temos que algumas pessoas foram novamente preenchidas, mostrando que um crise ou um desafio diferente requer um novo revestimento de poder do Espírito.
Comparando entre “enchidas” e “cheias” do Espírito Santo leva a crer que eles podem ser divididos em três grupos principais. Primeiro fica implícito que ser “cheio” ou “enchido” era uma característica normal de cada cristão dedicado (At 6:3-5; 11:24; 13:52). Em segundo lugar, a expressão indica uma capacitação para um ministério ou cargo especial. Ver João Batista (Lc 1:15-17). E em terceiro lugar, há ocasiões em que a plenitude do Espírito foi concedida para equipar não tanto para um cargo vitalício (como apóstolo ou profeta, por exemplo), mas para uma tarefa imediata, especialmente numa emergência. Zacarias foi preenchido antes de profetizar (mesmo seu ofício sendo de sacerdote, não de profeta. Ver também a sai esposa Isabel, Lc 1:5-8, 41,67)
São os instrumentos de poder que levam adiante, com sucesso, a realização e administração do trabalho de Deus em sua igreja. Quando há um grande trabalho a ser realizado para Deus, os dons do Espírito Santo são distribuídos a diferentes crentes dentro da igreja, o corpo de Cristo. Estes dons capacitam os crentes a completar o trabalho de Deus com responsabilidade e eficiência; e o trabalho desenvolve-se graças ao Espírito Santo.
Os dons são possessão do próprio Espírito Santo. E por serem dele, não podem existir independentes dele. Estes dons de maneira alguma podem ser usados pela vontade própria da ;pessoa. Só o Espírito de Deus pode possuí-los de maneira absoluta, e manifestá-los através dos crentes nos quais ele habita.
A verdade é que o homem não usa os dons do Espírito. Antes o Espírito Santo que ocupa o homem e o enche, usa aquela pessoa e manifesta os dons através dela de acordo com a vontade do Espírito, momento e situação. (1Co 12:7)
Não podemos ignorar que nem todo o fenômeno religioso vem dos céus, de Deus, do Pai das Luzes em quem não pode haver mudanças nem sombra de variação... (Tg 1.17). Precisamos de discernimento para buscar com zelo os melhores dons. Precisamos de discernimento para não confundir barulho com louvor, entusiasmo com consagração constante, emocionalismo com o verdadeiro quebrantamento espiritual; precisamos de critério para, não confundir manifestações externas, não raro mecânicas e estereotipadas, com comunicação íntima, com fé firme, fé inabalável; precisamos ser pessoas lúcidas, pessoas sempre abundantes em fruto e na obra do Senhor, sabendo que no Senhor o vosso trabalho não é vão (1 Co 15.58).
Não se pode dar crédito a todo e qualquer espírito. Nem toda a manifestação é realmente espiritual. Nem todo o que diz estar falando pelo Espírito, o está de fato. Paulo ensinou aqui em 1 Co 12.1-3 o critério cristocêntrico pelo qual julgar e discernir aquele que realmente fala pelo Espírito, com unção e com poder.
Vimos as definições, o dom, a dádiva, a descida do Espírito Santo, no Dia de Pentecostes, como um evento singular; o batismo, o batismo com o Espírito , plenitude e suas diferenças, o selo do Espírito,  os dons espirituais, como sendo do Espírito e não nossos, a serem usados para um fim proveitoso, a edificação do Corpo de Cristo e para a glória de Deus. Sempre que o uso de um dom é distorcido, Deus o transfere, o retira ou o faz cessar. Agora, o fruto do Espírito Santo que se desdobra em amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio é permanente.
Pode acontecer, e tem acontecido, casos de pessoas que se dizem batizadas com o Espírito Santo e que, manifestam dons até espetaculares, mas não se vê nessas pessoas as expressões do fruto do Espírito Santo.
Embora não devamos julgar de forma descaridosa estas pessoas, devemos exercer os critérios bíblicos antes de receber tais manifestações como sendo legitimamente produzidas pelo Espírito Santo.
Quero concluir, afirmando que todo aquele que é nascido de novo é batizado com o Espírito Santo, é templo do Espírito Santo, e tem o Espírito Santo. E se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele, afirma o apóstolo Paulo (Rm 8.9b).
Quem tem o Pai, tem o Filho; e quem tem o Pai e o Filho, tem o Espírito Santo. Não se pode dividir o indivisível, que é Deus. Ele é triúno.
Nós não tememos o que vem do Espírito Santo, desde que exercitado dentro dos parâmetros das Escrituras e sob a disciplina do próprio Espírito. Veja o que diz Paulo:
Ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema
Jesus! por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo (1 Co 12.3).



STOTT, JOHN R. W. – Batismo e Plenitude do Espírito Santo, Leicester, Inglaterra, Inter-Varsity Press, 1964.

YONGGI CHO, DAVID (PAUL) – O Espírito Santo, Meu Companheiro, São Paulo, Editora Vida, 1993.

THOMPSON, FRANCK CHARLES – Bíblia de Referência Thompson (com versículos em cadeia temática) , São Paulo, Editora Vida, 1992.

DE SOUZA, ESTÊVAM Ã.- O Espírito Santo , Sua Pessoa e Sua Obra, Campinas, Sp, Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus (EEATD), 1992.

Cunha, Guilhermino, O dom, os dons e o fruto do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Trabalho Publicado pela Rádio Melodia FM, 1998.

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34 entrevistas, com diversos irmãos a quem devo todo o amor em Cristo, 1999.

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